terça-feira, 4 de outubro de 2011

Doença celíaca

A doença celíaca (DC) é uma intolerância permanente ao glúten, caracterizada por atrofia total ou subtotal da mucosa do intestino delgado proximal e conseqüente má absorção de alimentos, em indivíduos geneticamente susceptíveis.
A DC pode se apresentar sob as seguintes formas: clássica, não clássica e assintomática, descreveu a forma clássica da doença, a qual se inicia nos primeiros anos de vida com diarréia crônica, vômitos, irritabilidade, anorexia, déficit de crescimento, distensão abdominal, diminuição do tecido celular subcutâneo e atrofia da musculatura glútea. Esta forma de apresentação foi a mais freqüente nos três estudos brasileiros realizados na década de 1980
A forma não clássica da DC manifesta-se mais tardiamente. Os pacientes deste grupo podem apresentar manifestações isoladas, como por exemplo baixa estatura, anemia por deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral, hipoplasia do esmalte dentário, constipação intestinal, osteoporose, esterilidade, artralgia ou artrite e epilepsia associada a calcificação intracraniana. O reconhecimento da forma assintomática
da doença, especialmente entre familiares de primeiro grau de pacientes celíacos, tornou-se mais fácil a partir do
desenvolvimento de marcadores sorológicos específicos para a DC.
Deve ser enfatizado que, apesar da existência dos inúmeros novos métodos sorológicos não invasivos de rastreamento para o diagnóstico da DC, é imprescindível a realização da biópsia de intestino delgado, obtida de preferência na junção duodeno-jejunal.
O tratamento da DC consiste na introdução de dieta isenta de glúten de forma permanente, devendo-se, portanto, excluir da dieta os seguintes cereais e seus derivados: trigo, centeio, cevada, malte, aveia.
Fique atento, não são apenas comidas a serem considerado perigosos, bebidas também, principalmente as alcoólicas como: cerveja e Whisky.


Fonte: Sdepanian VL, Morais MB, Fagundes-Neto F. Doença celíaca: características clínicas e métodos utilizados
no diagnóstico de pacientes cadastrados na Associação dos Celíacos do Brasil.J Pediatr (Rio J) 2001; 77 (2): 131-8.

Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v77n2/v77n2a14.pdf

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