terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Kosher

O chalaf é o nome dado a uma lâmina especial para o abate de animais para o preparo da comida kosher –
hebraica.
Kosher ou Kasher ou Cásher é a definição dada aos alimentos preparados de acordo com as leis judaicas
de alimentação (denominada de kashrut), e encontradas na Bíblia Sagrada ou na Tora. As restrições
alimentares, como a designação de animais puros e impuros; a proibição do consumo de misturas com carne
e leite, e consumo de sangue, são citadas na Bíblia.
(LEVÍTICO, 11:1 -19; ÊXODO, 22:31, 23:19, 34:26; DEUTERONÔMIO, 12:21-25; 14, 1-21; Gênesis, 32:22-
32).
Para ser kosher, a comida tem de obedecer alguns requisitos básicos encontrados na Torá:
· A carne consumida deve ser de animais ruminantes, que apresentem cascos bifendidos;
· Peixes de escamas e barbatanas s ão considerados kosher e podem acompanhar pratos de
carne ou leite;
· Não cozinhar e nem ingerir juntos produtos que contém carne e leite;
· Nunca ingerir sangue - existe um processo kosher de extrair o sangue da carne;
· Não comer animais proibidos de serem ingeridos (descritos na Torá);
· Deve-se separar os utensílios utilizados no preparo de carnes, leite e seus derivados;
· Todos os vegetais e minerais podem ser consumidos, pois são considerados kosher.
Os alimentos não produzidos de acordo com as leis da Torá, são considerados não kosher e recebem a
denominação de TARÊF.
Os alimentos kasher não são somente adquiridos por judeus, mas também por mu çulmanos, adventistas,
vegetarianos, pessoas com alergias a certos alimentos e ingredientes e outros consumidores que
simplesmente consideram subjetivamente o alimento kasher como sendo de alta qualidade.
São alimentos kasher a carne, frango, peixe com escamas, laticínios, frutas, legumes e produtos de
confeitaria. N ão são considerados kasher a carne suína, misturas de carne e laticínios, camarão, lagosta e
frutos do mar. [1.]
Problemas com Trichinella spiralis e Taenia solium provavelmente tenham sido responsáveis pela proibição
judaica do consumo da carne suína (THORNTON, 1969), porém REGENSTEIN & REGENSTEIN (1979)
afirmam que as leis que regem o ritual kasher não são "leis de sa úde".
Estima-se que no Brasil vivam cerca de 180 mil judeus, sendo 120 mil só em São Paulo, nem todos
religiosos, mas definitivamente, um bom nicho para a comercialização de produtos kosher. S ão
consumidores fiéis e de poder aquisitivo razoável e que est ão dando bom retorno a quem investe no ramo.
Prova disso é que as vendas, de acordo com fabricantes e comerciantes, estão subindo. Estima-se um
crescimento de 30% nas vendas realizadas entre 1995 e 1996 (Goldberg, 1996).
3 O abate Kosher
Schechita é o ritual de abate dos animais para o preparo da carne kasher. Ele é realizado por um magarefe
denominado Schochet que recebe treinamento por um longo período. A proposta do ritual é o corte das
artérias carótidas e veias jugulares rapidamente, proporcionando rápida inconsciência e insensibilidade. O
instrumento cortante utilizado para essa operação é chamado de Chalaf, o qual é afiado de forma eficiente e
examinado após cada utilização. Cada seção de schechita é precedida por uma prece especial denominada
beracha. Quando são utilizados animais não domésticos, o sangue deve ser coberto por areia ou terra. A
inspeção dos animais é realizada pelo shochet, para verificação de moléstias, injúrias e, principalmente a
presença de ader ências ou malformações, que condenarão o animal para o consumo [5.] .

4 LEIS DE SHECHITA
Há 5 modos nos quais a matança não é kosher:
1)
Shehiya.
Não deve haver a m ínima pausa durante o processo de shechita.
2)
Derassa.
O processo de abate deve ser feito movendo a faca de um lado para o
outro—não por pressão descendente. A faca, então, deve ser bastante
longa para permitir matar sem muita pressão. Além disso, o animal deve
estar em tal posi ção que alivia a pressão que não será colocado na faca.
3)
Chalada.
A faca de shechita deve ser descoberta durante o processo inteiro de
shechita. Por esta razão, a faca para shechita tem uma lâmina longa e
larga sem fio na frente ou no dorso.

4.1 TREIFOS
Há oito tipos de injuria mortal que faz com que um animal impróprio possa ser comido. Elas são:
1. Substância Venenosa introduzida no corpo por um animal de presa que corta com
suas garras.
2. Paredes de um órgão perfuradas.
3. Faltam órgãos completos ou partes deles.
4. Órgãos ou partes deles que tenham sido removidos.
5. Paredes ou coberturas de órgãos rasgadas.
6. Traumatismo por queda.
7. Veias rompidas
8. Fratura em ossos.
Na shechita, os pulmões são inflados para verificação de ader ências. O trabalho prossegue com os judeus
identificando e carimbando as carcaças. Ainda, a desossa dos dianteiros deve ser feita separada dos
traseiros. No Brasil, os animais também são inspecionados pelo Serviço de Inspeção Federal. Para a
realização da degola, o animal é encaminhado ao boxe que é utilizado para atordoamento do abate não
destinado à produção de carne kasher, expõe uma das patas traseiras em um espaço de abertura, a qual é
presa por uma corrente com roldana, o boxe é aberto, permitindo a saída do animal enquanto a corrente é
suspensa por um guincho. O animal é baixado até seu dorso tocar o solo, mantendo seu posterior suspenso.
Um gancho, na forma de "V" é colocado sobre a mandíbula e o pescoço é tensionado. O shochet apoia uma
das mãos sobre o pescoço do animal, e através de um movimento realizado com a chalaf, corta entre o
primeiro e segundo anel da traquéia, a pele, veias jugulares, art érias carótidas, es ôfago e traquéia, não
podendo encostar o fio da faca nas vértebras cervicais. A incisão deve ser executada sem interrup ção, sem
movimentos bruscos, sem perfuração, sem dilacerações e nem sobre a laringe. Após a incisão, o animal é
suspenso ao trilho, seguindo para o término da sangria e esfola. [5.]
Ilustração 1 – A Shechita
Existe uma grande rejeição, pelos judeus, para o uso de animais zebuínos puros da raça nelore devido a sua
pelagem branca e pela menor aderência do pulmão na carcaça, características que não são peculiares aos
animais cruzados e de cor escura [3.] .
As partes mais consumidas pelos judeus são o dianteiro completo com todos os cortes (peito, paleta, ac ém,
músculo). A carcaça é serrada entre a nona e a décima coluna (no noix), o que no caso seria o único corte
referente ao traseiro que é levado por eles. Dos miúdos, são importados pulmão, l íngua, carne de bochecha
e os tendões dianteiro e traseiro. Os três últimos passam por uma salmoura de aproximadamente meia hora,
para posterior embalagem e congelamento. A carne kosher destinada ao consumo deve ter poucos vasos
sangüíneos e nervos [3.].
Desse modo, o preparo da carne pelo ritual kosher, tem como objetivo eliminar o máximo de sangue. A
eliminação de sangue se faz com o uso da salga a seco (através de imersões consecutivas em água e sal
grosso, durante um período de uma hora).
Os produtos kosher já apresentam um selo que fornece garantia da não adição de carne de porco e que
passaram por um rigoroso processo de fiscalização, que investiga mais profundamente a origem e o estado
dos animais que foram utilizados neles. Entre os diversos produtos da linha encontram-se o salsichão
bovino, fiambre bovino com vegetais, l íngua bovina defumada, vitela bovina, roulé de peru e carpaccio bovino
[2.] .
As leis do 'kashrut' são referentes aos hábitos alimentícios dos judeus, essas leis encontram duas
4)
Hagrama.
O corte deve ser executado na garganta, entre o nível da laringe e a mais
baixa parte da traquéia e esôfago.
5) Ikkur. A traquéia e es ôfago devem ser cortados e não devem ser arrancados.
Por isto, a faca deve ser muito bem afiada e muito lisa. Os menores
dentes no fio causam rasgo. Por isto, a faca é verificada quanto a sua
rugosidade do fio e sua afiação depois de cada shechita.

explicações totalmente opostas uma a outra. A primeira afirma que esse modo de se alimentar foi instituído
para garantir a saúde do povo, fazendo com que só fossem ingeridos pelos judeus alimentos com poucas
chances de serem "sujos" ou portadores de doenças. A segunda diz que qualquer melhoria na saúde do
povo judeu foi totalmente inesperado, e que a única razão para que fossem observados esses modos de
alimentaçã o está na Bíblia (Leviticos 11:44-45).
Os rabinos da época talmúdica não fizeram coment ários a respeito das leis do 'kashrut', e as classificam
como sendo mandatórias, 'chukim', ou seja, cuja razão está além das capacidades humanas.
Independentemente da razão dessas leis, foi concluído que elas treinam-nos a tornar-nos mestres de nossos
apetites; nos acostumam a restringir nossos desejos; e evitam que comer e beber se torne à razão da
existência de um homem.
Essas leis tornaram-se um fator de união dos judeus, lembrando sempre de suas origens. A única razão
apresentada par isso na B íblia é Deus afirmando que Ele é sagrado e quer que Seu povo também o é. A
palavra sagrado, em Hebraico "kedusha" deriva da palavra "kadosh", cujo significado é 'separado'. Algo que é
sagrado é algo diferente, e o povo de Israel tinha que ser diferente, diferente de seus “vizinhos" que
referenciavam falsos ídolos. Todo tipo de comida próprio para ser ingerido é chamado de "kosher" (palavra
derivada de 'Kasher', em Hebráico, que significa "bom" e "próprio"), porém essa palavra inicialmente não era
utilizada para se referir a comida. Primeiramente, essa palavra ('Kasher') tinha o significado de "bom",
posteriormente a literatura rabínica usou-a para os objetos utilizados nos rituais ('talit', 'tefilin' , etc...) e
significava "próprio para o uso em rituais". Hoje ela também é usada para designar as pessoas que são
"próprias" e capazes de julgar o que é "próprio" e "bom".
A palavra "terayfa" é utilizada para descrever comida não "kosher", essa palavra significa rasgado e seu uso
vem do livro do Exodo (22:30) que não se deve comer carne que tenha sido "rasgada" por outro animal, ou
seja, não se deve comer um animal morto por outro. Posteriormente essa palavra foi extrapolada para definir
aquilo que não se deve comer.
Para que um animal possa ser comido ele dever ser "kasher" (animais que não tenham casco inteiro e não
comam suas excretas), não pode ter sofrido ao morrer. Isso impede que um judeu cace animais, ou coma
algum que tenha sido morto por outro animal.
A Bíblia afirma que o sangue simboliza a essência do homem, por isso os rabinos do período Talmúdico
concluíram que quando um animal fosse morto a maior quantidade de sangue deve ser retirada. Portanto
quando um animal é morto de acordo com o ritual judeu, a jugular é cortado, o animal morre
instantaneamente, e a maior quantidade de sangue é retirada. O nome da pessoa treinada para realizar a
morte chama-se 'shochet'.
Quanto aos peixes apenas os que possuem escamas e barbatanas podem ser consumidos, a raz ão para isto
é desconhecida.
Outra característica das leis do 'kashrut' é que n ão se deve misturar carne e leite, a razão para isto está na
Bíblia, pois esta afirma que "não se deve cozinhar uma criança no leite de sua mãe", e por isso concluiu-se
que misturar leite e carne seria violar as leis do 'kashrut'. Porém existem alimentos considerados neutros
('pareve' ou 'parev' em Yiddish - neutro). Entre os 'pareve' estão os peixes, alimentos advindos da terra e
seus derivados. Neste grupo estão incluídos qualquer alimento manufaturado que não tenha como
ingrediente derivados de animais.
A fim de não misturar os alimentos a base de carne ('fleishig' em Yiddish) e os a base de leite ('milchig' em
Yiddish) não se deve usar a mesma louça para servir refeição a base de leite e a base de carne. Porém as
louças de vidro s ão, por alguns, aceitas para servir os dois tipos de refeição, uma vez que o vidro é um
material que não absorvente. Apenas os copos de vidro são amplamente aceitos, tanto para as refeições de
carnes e as de leites. Alguns judeus ultra-ortodoxos só bebem leite que teve durante sua ordenha e seu
engarrafamento um judeu presente para assegurar que não houve mistura de leite de um animal 'kosher' com
um não 'kosher' (essa mistura é normalmente feita para melhorar o gosto do leite), esse tipo de leite chamase
'chalav Yisrael', "leite dos judeus".
É comum se esperar algumas horas entre uma refeição a base de carne e outra de leite, pois a carne demora
muito tempo para ser digerida. Porém, quando certos tipos de queijos são ingeridos, principalmente os mais
duros, são comuns também se esperar algumas horas, pois estes aderem aos dentes. O tempo de espera,
em qualquer um das circunstâncias, é determinado pelas autoridades rabínicas locais.
Os judeus só devem comer carne de animais kosher após esta ter se tornado kosher. Para uma carne se
tornar kosher ela deve, após ter sido morta num ritual judeu, ter todo o sangue retirado. Para isso
primeiramente deve-se lavar a carne com água, após isso ela é imersa em num receptáculo com água
durante meia-hora, para que possa melhor absorver o sal. A água deve cobrir toda a superfície da carne.
Após a imersão a carne é posta numa tábua inclinada para escoar a água. Ent ão, a carne é salgada com um
sal 'kosher' (um sal kosher é um sal com uma grande capacidade de absorçã o de líquidos). O Sal é utilizado
para drenar todo o resto de sangue da carne. Após ser salgada a carne é lavada duas vezes para retirar o
sal.
Uma carne que não tenha sido tornada kosher não pode ser mais "kasherizada" caso tenha ficado num
estado não kosher por mais de três dias, pois o sangue já coagulou, e só pode ser consumida caso seja
grelhada em fogo aberto, pois o fogo liberará o sangue. O grelhar é, na verdade, o melhor processo de
"kasherização" possível, pois libera a maior quantidade de sangue, por tanto não é necessário a
"kasherização" de carnes que serão gralhadas. Porém, existem certas carnes que n ão podem ser

"kasherizadas", o fígado, por exemplo, por possuírem uma grande quantidade de sangue. A única maneira
de se consumir tais carnes é grelhando -as.
Quanto as aves não existem restrições, apenas n ão se pode utilizar água quente para retirar as penas.
Qualquer carne que tenha sido escaldada antes de ser 'kasherizada' torna-se 'terayfa', pois a água quente
coagula o sangue.
Carnes não 'kasherizadas' não podem ser congeladas, pois o sangue congelará e o sal e a água não
conseguirão remover o sangue eficientemente. Carnes não 'kasherizadas' que tenham sido congeladas só
poderão ser usadas após serem grelhadas.
Peixes não precisam ser 'kasherizados' pois eles possuem uma quantidade mínima de sangue, portanto a
Bíblia afirma que a proibição a ingerir sangue está limitada a mamíferos e aves.
Porém, não é todo judeu que observa essas leis, os Ortodoxos e os Conservativos seguem-nas, mas os
Reformistas não, apesar de que até mesmo estes sentem restrições quanto ao porco e seus derivados. Os
Ortodoxos não comem queijos, pois durante a fabricação destes utiliza-se uma enzima encontrada dentro do
estomago de certos mamíferos para acelerar a coagulação do leite, e, portanto no queijo estariam sendo
misturados derivados da carne com os do leite.
É comum encontrar-se em pacotes de comida símbolos certificando que o alimento é 'kosher', este s ímbolos
são referentes a organização judaicas que certificam que o alimento foi preparado de acordo com a tradição
do judaísmo.
No entanto, seja num restaurante 'kosher' ou manufaturados ‘kosher’, a comida 'kasher' é sempre mais cara
que as 'terayfa' pois existe um custo extra - no ritual da morte e na inspeção do produto.
5 Ferramentas de Abate
Relativamente poucas ferramentas s ão requeridas para o abate de pequenos ruminantes, e alguns podem
ser feitos oficinas de cuteleiros ou ferreiros locais. As ferramentas s ão compostas por: ver Ilustração 2
1) Faca de corte: Uma faca com 15.2 cm 6” de lâmina e um fio amolado em “V” utilizada para
cortar os vasos sanguíneos do pescoço e para sangrar o animal;
2) Faca de esfolar: Como insinua o nome, esta faca é usada para a remoção da pele do
animal. Também com 15.2 cm 6” de lâmina e caracteristicamente encurvada para permitir
facilidade de operação para trás, pode ser utilizada para raspar o pêlo queimado de carcaças
que ainda estão vestidas com a pele;
3) Serra de Carne: Um serrote de l âmina substituível que é usado para serrar os ossos;
4) Machete de carne: Também chamado o rachador, o golpe de machete é como um machado
pesado usado por separar estruturas pesadas, por exemplo, a cabeça do pescoço ou as
canelas da perna;
5) Espalhador: Um dispositivo de metal que suspende o corpo animal e abre as pernas para
esfolá-lo e para a inspeção;
6) Pedras de afiação: Pedras de afiação são de grosso granulado e utilizadas para a afiação
inicial das facas, o fio é então terminado de afiar com as pedras de grão fino. Podem ser
utilizado ou óleo ou água para afiar as facas de modo a impedir o aquecimento da lâmina;
7) Chaira: uma barra de aço longo e arredondado na qual o fio da faca é desentortado
suavemente;
8) Ganchos de Carne: dispositivos de Metal com a ponta curvada utilizada para segurar ou
exibir partes da carne abatida para lavar e a inspeção.

Ilustração 2 ferramentas de abate
6 O que é uma faca Chalaf?
O que é considerado uma faca " kosher" / “chalaf”?
Este texto traduzido de um site na Internet inclui uma descrição detalhada das particularidades que são
determinadas a uma faca usada para um sacrifício kosher.
“... Eu estou interessado em explorar a possibilidade de facas feitas à mão para o sacrifício kosher”.
Eu descreverei o formato utilizado e os atributos requeridos, e talvez você possa então se orientar.
O Sacrifício Kosher requer que o animal ou ave seja morto cortando a traquéia e o es ôfago que usando
somente movimentos para frente e para traz sem press ão para baixo.
A pessoa pode não hesitar ou pode parar do momento da primeira incisão até que a traquéia e esôfago
estejam totalmente cortados.
A faca deve ser, é claro, muita bem afiada, mas, além disso, deve ser perfeitamente plana e lisa.
Antes que cada animal seja sacrificado, a faca é examinada lenta e cuidadosamente "sentindo-se" o fio da
faca com o final da unha, corra a unha ao longo do comprimento do fio de toda a lâmina, de um lado para
outro, e também nas bordas à esquerda e a direita (no caso de haver somente o fio de um lado da lamina).
Depois do sacrifício, novamente, a faca é cuidadosamente examinada, e caso ocorra de se encontrar um
mínimo dente ou arranhão no fio, o animal é considerado NÃO KOSHER, isto é, NÃO PRÓPRIO, causando
uma perda monet ária significante.
Então, a faca deve ter uma dureza suficiente de modo que, em seu uso regular (que inclui um corte ocasional
na espinha) manterá sua afiação e também não seja muito fácil de afiar.
Por outro lado, ocasionalmente haverá dentes no fio, e naturalmente a faca torna-se cega com o uso.
Um abatedor profissional pode sacrificar em torno de 1.500 aves ou 60 cabeças de gado em uma hora de
trabalho, trabalhando talvez umas 5 horas por dia.
A faca deve ser então fácil de afiar e lisa (e RESISTENTE). O afiar e alisar são feitos manualmente, em
pedras seguradas pela mão. Todas as facas s ão usadas, seguradas por uma só mão.
As lâminas são retangulares em formato “V”, sem curva para a l âmina, isto é sem desbaste c ôncavo.
Há quatro categorias:
No dorso da lamina, da faca de gado tem de espessura aproximadamente 2,38 – 3,18 mm; 3/32 ” - 1/8”. Eu
não tenho os demais por aqui para poder medir. No outro lado que é estreitado na direção do fio de forma
que lá fica menos espesso facilitando para quando você tiver que afi á-lo ou alisá-lo.
Os cabos (e as próprias facas) são para o árduo uso, não para decoração, assim, nenhuma decoração é
necessária. Nenhum desenho é colocado nas laterais da lâmina, até mesmo o nome ou o cunho do
fabricante é somente colocado no cabo.
(obs tradutor: normalmente além do cunho do cuteleiro, é gravado no cabo o ideograma hebraico de kosher
ou de chalaf como abaixo)
As facas s ão utilizadas em um ambiente com muito sangue e água, assim eu creio que um bom aço
inoxidável seja melhor que o aço-carbono para esta aplicação.
Atualmente estas facas são “produzidas em massa" por v ários fabricantes, e não são ruins.
Porém as antigas facas as quais, mais ou menos, foram herdadas da geração anterior são altamente
apreciadas e utilizadas. Os dois mais famosos nomes de fabricantes são as Miller e Witkin. Eu acredito que
sejam ambos de Nova Iorque. Miller decisivamente era. Estas facas provavelmente não são fabricadas
durante pelo menos 50 anos, mas as pessoas que as têm as guardam e as usam.
Assim, se alguém pudesse duplicar as suas técnicas ou (com os avanços atuais) melhorando-as, poderia
haver um nicho de negócio para algum cuteleiro.
Há centenas de abatedouros Kosher ativas, e os novos alunos de abate estão chegando.
Tipo Comprimento da lamina sem o cabo Largura da lamina sem o cabo
Cm Pol. Cm Pol.
Aves 10 – 13 4” - 5” 3 – 4 1,25” - 1,5”
Ovelha 25 – 30 10” – 12” 4 – 5 1,75” – 2”
Gado 41 16” 5,7 2,25”
Touros 46 – 51 18” - 20” 5,7 - 6,4 2,25” – 2,5”
Kosher escrito Kosher bloco Chalaf escrito Chalaf bloco
“... Nós consideramos haver 613 ditames do Torah”.
A ordem de abate kosher entra do verso em Deuteronômio 12:21 “... e você matará de seu gado e seus
rebanhos que G-d lhe deu como eu o comandei... ”
A palavra "eu comandei" (que uma palavra única em hebreu) é no tempo passado, enquanto insinuando que
o método comandado era atualmente dado.
E ainda você não achará em qualquer lugar no texto escrito uma descrição do método de abate. Porque a
descrição era dada oralmente, e tem cinco exigências.
1) O abate deve ser feito por um de um lado para outro movimento, n ão através de press ão
descendente.
2) A pessoa tem que cortar a maioria da traquéia e o es ôfago em um movimento contínuo, se a pessoa
pára no meio e então continua, não é nada bom.
3) A faca não pode ser coberta pela pele (como por exemplo, se você apunhalou pela pele solta e
então cortou a traquéia e esôfago) ou a l ã, penas ou até mesmo um pano,
4) O corte deve ser feito em uma parte específica do pescoço. O limite superior é o anel cartilaginoso
na traquéia que está incompleta todos o ao redor (o primeiro debaixo dele t êm quase um anel
completo de cartilagem e o resto é um pouco mais macio.) O limite Maximo inferior é até a junção do
pescoço com o ponto mais alto dos pulmões.
5) Não pode haver rasgo (como seria, por exemplo, no caso se havia um dente na faca).
Qualquer animal morto sem que estes cinco requerimentos sejam cumpridos é chamado n’veilah
[Texto traduzido do Rabino Tsvi Rogin]
7 Comida kosher no Brasil
Bares e Restaurantes
RIO DE JANEIRO
Kosher House - meat
Rua Anita Garibaldi, 37 A - Copacabana. Tel/Fax: (5511)255-3891 restaurant, fastfood,
bakery, grocery, delivery
SÃO PAULO
Fast Food Matok - milk
Shopping Mall "Patio Higienópolis", Rua Veiga Filho..... Tel: (5511)3661-2111 pizzas,
vegy-burgers, fish, pasta, ice-cream
Kosher Meal - meat
Rua da Consolação, 3679 - Jardins.........Tel: (5511)853-6473 restaurant, bakery,
grocery, daily menu, delivery out of town
Kosher Center - meat
Rua Prates, 599 - Bom Retiro.....................Tel: (5511)3311-7200 restaurant & grocery
Iavne Kosher BBQ (tuesday nights) / Buffet (sundays noon)
Rua Padre João Manuel, 727 - Jardins..... Tel: (5511)3667 -0863 * weddings, barmitzvah
and and brit-milah
Restaurante Casher da Hebraica - meat
Rua Hungria 1000 - Pinheiros..................... restaurant open daily at world largest
J.C.C. - closed Mondays and Shabbat
All Kosher
Alameda Barros, 391 - store 12 - Higienópolis........ Tel: (5511)825-1131 grocery, we
accpt orders for Jewish Festivals
Kosher Express
Rua Tupi, 506 - Higienópolis..........................Tel: (5511)3667-0863 All kinds of meat
and cold cuts. Parking
Kosher Mart
Rua Tenente Pena, 187 - Bom Retiro............ T: (5511)221 -7299 industrialized food,
cookies - www.koshermart.com.br
Kosher Fish & Appetizing
Orders by phone.....................(5511)3326-2600 fresh fish sold here
Kosher Wines
Rua Prates, 785 - Bom Retiro................. Tel: (5511)228-9279
Kosher Catering and Hall Buffet França
Avenida Angélica, 750 - Higienópolis... Tel: (5511)3662-6111 Fax: (5511)3662-6222
receptions, weddings, bar-mitzvah, brit-milah
Açougues
Mehadrin I Rua São Vicente de Paulo, 210 Higienópolis 3667-9090


Mehadrin II Rua Prates, 689 Bom Retiro 3667-9090
3313-3555
Casa de Carnes Rua Fortunato, 241 Sta Cec ília 221 -2240
Kosher Express Rua Tupi, 506 Higienópolis 3667-0863
Peixarias
Bennys Kosher Fish Appetizing Rua Mamoré, 214 Bom Retiro 3326-2600 or 3361-
9127
Buffet
Charlô Avenida João Dias, 266 Sto Amaro 523-7788
Delícia Rua da Consolação, 3679 Consolação 852-6473
Mosaico - Clube A Hebraica Rua Hungria, 1000 Jd Paulistano 815-6988
França Avenida Angélica Higienópolis 3662-6111 3666-8749
Menorá Rua Maranh ão, 404 Higienópolis 3825-3422 3825-3243
Torres I Avenida Horácio Lafer, 430 Moema 829-0466
Torres II Avenida dos Imarés, 182 Moema 241-2244
Leopoldo Rua Joaquim Macedo, 135 Jd Guedala 3829-2345
Diva 9978-9869
Iavne Rua Padre João Manuel, 727 Jd América 280-7111
Delícias da Arlete Rua Tupi, 506 Higienópolis 3667-0863
By Arnon Gastronomia Higienópolis 3666-1717
Naguila - David Rabih Rua Baroesa de Itu, 709/61 Higienópolis 9958-5391 Bip 55080737
cod 4013355
Mercearias e Supermercados
Kosher Center Rua Prates, 599 Bom Retiro 3311-7200
2276399
All Kosher Impak Alameda Barros, 391 lj 12 Higienópolis 3825-1131
Supermercados Madrid Rua Martim Francisco , 777 Sta Cecília 3667-7928
36677492
Casa Menorah Rua Guarani, 114 Bom Retiro 228-6105
Amazonas Rua Amazonas, 91 Bom Retiro 229 -1336
Empório Carmel Alameda Barros, 451 Higienópolis 3666-8446
Casa Zilanna Rua Itambé, 506 Higienópolis 257-8671
Supermercado Wal Mart Rua James Holland, 668 Barra Funda 6915-3700
Supermercado Pão de Açúcar Avenida Angélica, 1696 Higienópolis
Supermercado Pão de Açúcar Rua Maranh ão, 846 Higienópolis
Supermercado Pão de Açúcar Al Gabriel Mont. da Silva, 1351 Jd Paulistano 282-9562
Supermercado Pão de Açúcar Al Min. Rocha Azevedo, 846 Jardins
Supermercado Pão de Açúcar Avenida Naçõ es Unidas, 13947 Market Place 542 -7866
Pardess Rua Hadock Lobo, 1002 Jardins 3068-9093
Casa Sta Luzia Alameda Lorena, 1471 Jardins 883 -5844
Essen House Rua Baronesa de Itu, 481 Higin ópolis 3666-6268
Koshermart Atacadista Rua Anhaia, 391 Bom Retiro 221 -7299
220-6619
Zeide Zaide Rua Cardeal Arcoverde, 1847 Pinheiros 815-2397
Mazal Tov Rua Peixoto Gomide, 1724 Jd América 3064-5208
Vinhos/Importados
Vinhos Guefen Bom Retiro
Vinhos Guefen Rua Prates, 785/789 Bom Retiro 228-9279
Fábrica de Matzá
Fábrica de Matzá Rua Prates, 446 Bom Retiro 2272504
8 Bibliografia:
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Tecnologia Agroindustrial - FCA – UNESP, , Caixa Postal, 237, 18.603-970 - Botucatu – SP, Fone:
(14)6802-7200; Fax: (14) 6821-5467, robertoroca@fca.unesp.br; 15/10/2002

religião e alimentação

Muitas religiões contêm leis alimentícias que se preocupam com a saúde do ser humano e com o sofrimento de animais. Algumas, até mesmo, incentivam o vegetarianismo. Abaixo seguem algumas leis alimentícias seguidas por judeus, muçulmanos, hinduístas e budistas.

No judaísmo , o código alimentar é denominado de leis de casher. Essas leis de grande importância religiosa estabelecem quais animais podem ser ingeridos e de que maneira eles devem ser abatidos e cozidos. As leis do casher proíbem o consumo de carne de porco, répteis, frutos do mar (ostras, camarões, lagosta) e não permitem a mistura de carne com laticínios. Para uma carne ser casher, o animal deve ser abatido de uma forma especificada pela lei judaica. O animal deve ser sacrificado com apenas um golpe para minimizar o seu sofrimento. Após o abate, algumas veias e partes do corpo do animal são removidas e seu sangue é totalmente drenado, pois seu consumo é rigidamente proibido pelo judaísmo.

As leis alimentícias do islamismo são semelhantes às leis de casher. Na religião muçulmana, as regras alimentares são chamadas de halal. Elas são tão similares às judaicas que os muçulmanos podem consumir alimentos casher caso não encontrem alimentos halal. (O inverso, porém, não é verdade. Judeus não podem consumir alimentos halal). Como no judaísmo, a lei islâmica estabelece que o abate deve ser feito de uma forma que o sofrimento do animal seja minimizado. O consumo de carne de animais que não tenham sido abatidos conforme as leis islâmicas é proibido. O consumo de carne de porco também não é permitido.

A religião hinduísta assegura a santidade de todos os animais e ensina que nenhuma vida deve ser destruída de forma violenta. As vacas são consideradas sagradas e o consumo de sua carne é extremamente proibido. A maioria dos hindus segue uma dieta vegetariana.

O budismo incentiva o vegetarianismo, mas o consumo de carnes e peixe é permitido. A religião afirma que o ser humano deve comer apenas o suficiente para seu sustento e proíbe os budistas de estarem envolvidos no processo de abatimento de animais. O fundador do budismo – o Buda – aconselhou os monges a evitar determinados tipos de carne: humanos, elefantes, cavalos, cachorros, cobras, leões, tigres, porcos-do-mato e hienas. A explicação dada para se evitar esses tipos de carne é que alguns animais atacam pessoas quando cheiram a carne morta de sua própria espécie.